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ÁGUAS FÉRREAS

ZONA DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA

Após a análise e projeto da unidade operativa de planeamento e gestão de “Águas Férreas”, o ponto crítico terminou por se centrar na zona de Furamontes, definindo a Zona de Intervenção Prioritária “Furamontes-Areias”.

A rua e a travessa de Furamontes são de carácter maioritariamente habitacional e espaços de cultivo de subsistência.

Nesta pequena área, podemos identificar todos os problemas que foram identificados ao longo da análise prospetiva: a dificuldade de acessos (pedonais ou viários, sem inclusão na rede de transportes públicos), o excesso de barreiras, a fragmentação urbana e social, a desumanização, os vazios com potencial inutilizado, a ausência de sistemas de espaço público, a falta de serviços e equipamentos (e infraestruturas como saneamento) e a completa desvalorização do património natural.

“À pergunta "qual é o sítio do Porto que não integra o roteiro de nenhum guia?", o sociólogo José António Pinto, que todos conhecem, no Porto, por "Chalana", responde: "a travessa de Furamontes, na freguesia de Campanhã’.” - “Não há postais de Furamontes”, entrevista a José António Pinto, da TSF a Outubro de 2021.

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E perante este cenário, foi esta a zona considerada prioritária para o projeto desta fase final, com o objetivo de terminar esta cadeira com a reflexão importante de que a arquitetura e o projeto urbano têm uma responsabilidade social para com estas áreas abandonadas.

"Successful public spaces are those that are created by the users, not by the planners or architects. They are places that people love to use, places that they take ownership of and feel comfortable in." Jan Gehl

E por este motivo, a intervenção nesta zona e respetivas áreas projeto, pretende preservar ao máximo a identidade dos locais e as características que os próprios moradores, principais utilizadores, foram dando aos espaços, potenciando-os e melhorando as condições de quem os criou, bem como abri-los de forma controlada aos visitantes.

A prevista linha de metro do Souto, é um potenciador económico e tem-se por objetivo provocar o financiamento das obras de reabilitação desta zona abandonada, principalmente na zona do proposto Parque do Rio Torto, pela empresa pública ‘Metro do Porto’.

A empreitada de reabilitação do parque habitacional de Furamontes e do equipamento de apoio/lazer proposto para o Moinho da Quinta da Ponte, considerado património pelo PDM da Câmara Municipal do Porto, pretendem-se subsidiados pela mesma, em articulação com a Junta de Freguesia de Campanhã para o acompanhamento dos habitantes enquanto a reabilitação e construção de novos edifícios de habitação é realizado.

O Conjunto Rural das Areias, novo equipamento de carácter de apoio agrícola e comercial e proximidade com o Horto do Porto, pretende-se financiado parcialmente pela Câmara Municipal do Porto e pela criação de uma Cooperativa local ‘das Areias’, para canalizar a produção local para este novo edifício de apoio e comércio local.

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VISTA ÁEREA ATUAL DA ZIP

PROGRAMA DA INTERVENÇÃO

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ÁREAS PROJETO
IMPLANTAÇÃO

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ÁREA PROJETO 1

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NÚCLEO HABITACIONAL DE FURAMONTES
 

A intervenção no núcleo habitacional da Rua de Furamontes pretendeu ser o mais fiel possível aos edifícios existentes de modo a não entrar em choque com a identidade do lugar e com as famílias habitantes do respetivo núcleo.

De modo a respeitar de igual forma a vivência comunitária, que foi possível verificar ao visitar o local pessoalmente, desenhou-se a abertura de acessos com dimensões mínimas, reservadas aos locais, com bloqueios e à criação de um largo, o novo Largo de Furamontes, sendo em simultâneo lugar social e marcação do início do percurso pedonal para uma das entradas do Parque do Rio Torto.

As habitações unifamiliares possuem uma entrada oposta à fachada voltada para o largo e em simultâneo um espaço interior multiusos orientado para o largo, dotando o edifício de duas fachadas principais e de um espaço que pode ser utilizado apenas para abrir um jardim interior coberto para o largo exterior ou para comércio de produtos da agricultura de autossuficiência praticada nesta zona.

O espaço reabilitado é ainda arranjado exteriormente, com iluminação suficiente para o uso humanizado durante a noite, mobiliário urbano, estacionamento subterrâneo, parque infantil e de refeições exteriores, ponto de recolha de lixo e reciclagem, bem como a nova paragem de autocarro.

As transições em degraus e em rampa possibilitam um acesso a todos.

NÚCLEO HABITACIONAL

PARQUE INFANTIL

NÚCLEO SOCIAL

ÁREA PROJETO 2

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EQUIPAMENTO DE APOIO - MOINHO DA QTA. DA PONTE

O edifício do antigo Moinho da Quinta da Ponte é o ponto central do Parque do Rio Torto.

Reutilizando a estrutura existente, projeta-se o espaço exterior de modo a realizar transições naturais entre o espaço não utlizado das margens do Rio Torto e os terrenos utilizados como hortas ilegais, para se poder fazer uma continuidade acessível entre eles.

No trabalho de transição entre cotas projetou-se uma escadaria que pode ser utilizada como auditório ao ar livre, tendo como pano de fundo a natureza e o novo parque, bem como a integração da nova linha de metro do Souto.

Ao se reabilitar o património hídrico, pretende-se o alargamento do leito desaproveitado e a sua utilização como praia fluvial, ligada diretamente ao novo edifício de uso público.

O novo equipamento público tem como programa um espaço de cafetaria e esplanada no piso térreo do volume direito e uma sala multiusos com exposição interpretativa da história destes terrenos e lugar, no piso térreo do volume esquerdo.

O piso superior de ambos possui como programa instalações balneares e sanitárias de apoio à praia fluvial.

Toda a zona exterior foi equipada com mobiliário urbano de descanso, refeição, recolha de resíduos pontuais e ponto de estacionamento de bicicletas, pretendendo-se que a ciclovia termine neste ponto, sendo as ‘viagens’ de bicicleta apenas passeios pontuais.

AUDITÓRIO

CICLOVIA

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